Opinião compartilhada por Antônio Lopes, presidente do Sindicato dos Marceneiros de SP. “O 1º de Maio serve para refletirmos e adotarmos bandeiras de luta para chegarmos aos objetivos que ainda não alcançamos, como por exemplo, a redução dos impostos, não só para os empresários como também para os trabalhadores”, afirmou o dirigente marceneiro.
Unidade consolidada
Não é a primeira vez que as centrais as centrais promovem o 1º de maio Unificado e, na opinião dos sindicalistas, desde o começo a iniciativa tem se mostrado correta.
“O Brasil vive um ciclo progressista muito grande e nossa pelo desenvolvimento, por mais emprego de qualidade e por melhores salários tem como pressuposto a unidade do movimento sindical. Por isso a realização desse ato merece todo o apoio de todos aqueles comprometidos com os interesses dos trabalhadores”, ressaltou o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana.
“Este é um momento especial que dá uma demonstração de força do movimento sindical e ao mesmo tempo contribui para a elevação da consciência dos trabalhadores que é fundamental para o desenvolvimento do nosso Brasil”, observou o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, que prestigiou o evento.
Para o presidente da NCST, José Calixto Ramos “o ato já se transformou em um momento de confraternização entre as categorias para defender uma mesma causa: os interesses da classe trabalhadora”.
Unidos pelo avanço
Apesar de concordar que muitas conquistas foram alcançadas com a luta da classe trabalhadora, Pascoal Carneiro destacou as lutas vindouras. “Nós avançamos muito, mas temos muito a avançar. Já está na ordem do dia votar o fim do fator previdenciário, da isenção do imposto de renda na participação dos resultados (PRL). Então esse ato mostra essa força dos trabalhadores nos rumos da economia do país”.
Mereceu destaque durante o ato também a questão da desindustrialização. Para os sindicalistas é impossível que se condução país a um crescimento diante da situação da indústria nacional, que tem fechado postos de emprego devido a falta de investimento e a alta concorrência praticada por produtos importados.
Para o presidente da CGTB, Ubiracy Dantas, para reversão deste cenário, os juros precisam cair, e muito. “Estamos aqui, novamente unidas para que possamos nesse 1º de Maio barrar essa política econômica que está prejudicando a produção nacional, o emprego e o salário dos trabalhadores”.
Avaliação reforçada pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira, o Paulinho. “Precisamos baixar os juros, reduzir a jornada, aumentar os salários e as aposentadorias. Mas só chegaremos lá com a pressão popular”.
Rumo ao avanço
Durante o ato esteve presente o novo ministro do Trabalho e Emprego, que deve assumir o posto na próxima quinta-feira (03), Brizola Neto (PDT/RJ), que externou sua opinião sobre a. “Para mim é um orgulho muito grande chegar ao Ministério do trabalho, apoiado pelos trabalhadores brasileiros”, confessou.
O novo ministro foi saudado por todos os presidentes. “Se inicia um processo de fortalecimento no ministério, porque quanto mais forte o ministério for, mais fortes serão as decisões em favor dos trabalhadores”, afirmou o presidente da UGT, Ricardo Patah.
Durante o evento político, outra data importante foi aprovada, em conjunto com os trabalhadores: um dia nacional de lutas pela pauta trabalhista. O dia ainda será acertado em encontros posteriores.
Para o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o momento é de arregaçar as mangas. “A partir desse ato é extremamente importante que a classe trabalhadora tenha uma agenda para a manutenção de seus direitos. Fazer essa luta no Dia internacional do Trabalhador é justamente o esforço coletivo de darmos um salto de qualidade combinando a luta do campo e a luta da cidade. Com essa unidade construída entre as centrais todos os trabalhadores têm a ganhar”.
“O nosso objetivo é continuar avançando. Mais emprego de qualidade, educação e qualificação, e ao mesmo tempo uma sociedade mais justa. Uma divida história que estamos tentando resgatar no nosso país”, finalizou o Rogério Carvalho, secretário de Políticas Sociais da CTB.
Além do grande Ato Nacional em São Paulo, outras capitais também realizaram mobilizações unificadas semelhantes Brasil afora. Acontecem ainda atos no RJ, RS, BA, SE, RO, entre outros.
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