O presidente Luiz In�cio Lula da Silva disse em Tel�maco Borba, a 250 quil�metros de Curitiba, que chega a pensar que o "p�nico" que teria tomado conta das pessoas no ano passado � respons�vel por "50% da crise", sobretudo em raz�o de ter parado o consumo popula��o.

Segundo ele, a confian�a em que as pessoas continuariam a consumir fez com que ele dissesse, no momento em que surgiu a crise, que ela n�o seria no Brasil o mesmo que nos Estados Unidos, na Europa e o que est� sendo no Jap�o. 

Lula tem raz�o, no caso brasileiro, em que a m�dia exagerou em expor a crise; em n�o apontar perspectiva, pois partidarizada como est�, viu na crise uma possibilidade de desestabilizar o Governo. Desse modo, claramente privilegiou e tem privilegiado as manchetes negativas.

"O Brasil tinha reservas e um mercado interno �vido por consumir o que produzimos", acentuou.

Ele afirmou ter conversado com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na viagem a Washington, sobre essa quest�o. "Eu disse a ele que, se n�o houver um movimento mundial para convencer o consumidor a acreditar no seu pr�prio poder de consumo e compra, a economia do mundo para", relatou Lula.

O presidente da Rep�blica acentuou, ainda, que n�o v� explica��o para a "brecada" da economia em dezembro do ano passado. "Tivemos problemas s�rios em dezembro, que n�o tinham raz�o de ser, como n�o tem explica��o o petr�leo chegar a US$ 150 o barril, e nem a soja explodir o pre�o em maio do ano passado", disse.

"� um fen�meno ainda � procura de explica��o e, de modo simplista, diriam que as empresas estavam muito estocadas e pararam para desovar os estoques". Ele disse que o Brasil tomou as medidas que ele entendia que precisavam ser tomadas.

Mas, segundo Lula, ningu�m podia imaginar que o banco norte-americano Lehmann Brothers iria quebrar e que o Citibank ficaria na pobreza que ficou. (Com Ag�ncia Estado)