13/09/2009
Brasileiros vão às compras e acabam com a crise e a recessão técnica Uma combinação de quatro aumentos - do consumo, dos gastos do governo, dos serviços e da produção industrial - determinou no Brasil, em junho, o fim do que os economistas chamam de "recessão técnica", caracterizada por dois trimestres negativos do Produto Interno Bruto (PIB). A soma de todas as riquezas produzidas no país de abril a junho cresceu 1,9% em relação ao período de janeiro a março, revelou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Significa que o Brasil, embora continue sofrendo efeitos da crise financeira e econômica internacional, conseguiu retomar a rota do crescimento econômico. E significa também que o Brasil se tornou o primeiro país latino-americano e um dos primeiros, entre todos os países, a vencer a recessão. De acordo com o IBGE, o principal fator determinante dessa retomada foi o crescimento do consumo, especialmente do consumo familiar, que teve o 23º aumento consecutivo. "O consumo das famílias acaba tendo um efeito em toda a cadeia, influenciando a recuperação da produção industrial", disse o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto. Na avaliação dele, medidas adotadas pelo governo para conter a crise, como desonerações fiscais para bens duráveis, tiveram um impacto adicional para que o consumo das famílias se mantivesse em alta. "Houve desaceleração da massa salarial, mas ela continua em alta, segurando o consumo das famílias", explicou a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. Além da elevação da massa salarial, segundo Rebeca, também contribuiu para manter a expansão do consumo o aumento - de 20,3% - da concessão de crédito para pessoas físicas. Menos influentes, mas, de qualquer modo, também determinantes para o crescimento do PIB foram o aumento dos gastos do governo, o início da recuperação da produção industrial e o desempenho do setor de serviços. "Além do consumo, que puxou o resultado do PIB no segundo trimestre, o desempenho da economia tem muito a ver com os serviços também. Isso realmente impediu que o país tivesse um crescimento mais negativo do PIB nos últimos trimestres. É o setor que é menos afetado por qualquer turbulência, e que depende de fatores que não estão ligados às expectativas", afirmou a gerente de Contas Nacionais do IBGE. Leia, a seguir, os principais dados divulgados pelo IBGE: Aumento do PIB - De julho de - O PIB calculado no primeiro semestre de 2009 foi 1,2% inferior ao do primeiro semestre de 2008 Aumento do consumo familiar 1) 3,5% desde julho de 2) 2,3% no primeiro semestre deste ano, comparado ao primeiro semestre de 2008; 3) 2,1% do primeiro para o segundo semestre de 2009; 4) e 3,2% entre abril a junho de 2009, em comparação com o período de abril a junho do ano passado. Aumento dos gastos do Governo - Comparados os primeiros semestres de cada ano, o crescimento foi de 2,5%. - Comparados os segundos trimestres de 2008 e 2009, o aumento foi de 2,2%. - No segundo trimestre de 2009 o consumo do governo foi 0,1% menor do que o registrado no segundo trimestre de 2009. Crescimento dos serviços - Em 12 meses contados até junho o setor de serviços cresceu 3,1%. - Comparados os primeiros semestres de 2008 e 2009, o crescimento foi de 2,1%. - Do primeiro para o segundo semestre deste ano o setor cresceu 1,2%. E, comparados os segundos trimestres de cada ano, o crescimento foi de 2,4%. Recuperação da indústria - O setor acumula queda de 3%, de julho de Segundo o IBGE, o início da recuperação do setor, no segundo trimestre deste ano, foi liderado pela indústria automobilística, favorecida pela redução do IPI incidente sobre o comércio de automóveis. Já a indústria extrativa - petróleo, gás e minério de ferro, entre outros - teve variação negativa de 0,8%, comparados o primeiro e o segundo trimestre de As exportações de bens e serviços cresceram 14,1% no segundo trimestre, frente ao ao anterior, enquanto as importações aumentaram 1,5%. "Com as turbulências na economia, as relações externas foram as mais afetadas. Então, começamos a ver taxas negativas nos volumes dos bens e serviços importados e também na exportação. Eles continuam em terreno negativo, mas as exportações estão se recuperando mais rapidamente do que as importações, gerando uma contribuição positiva para o crescimento", observou Rebeca Palis, a gerente de Contas Nacionais do IBGE. - De julho de Segundo a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o desempenho da produção agropecuária está sendo afetado negativamente por problemas climáticos. A produção de arroz no segundo trimestre deste ano cresceu 4,2% em relação à do segundo trimestre do ano passado, mas caíram a produção de milho (14,2%), de café (13,5%) e de soja (5,2%) "Houve declínio não só na lavoura, mas também na pecuária e na silvicultura", afirmou Rebeca. Investimento
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