O emprego industrial em setembro aumentou pelo terceiro m�s seguido, registrando alta de 0,4% em rela��o a agosto, feito o ajuste sazonal.

Nesses tr�s meses, houve avan�o de 1%, que se seguiu a um tombo de 7,3% nos nove meses anteriores. H� uma recupera��o bastante moderada da ocupa��o, segundo analistas.

De janeiro a setembro, o emprego acumula queda de 6,5% na compara��o com igual intervalo de 2008.

Segundo Tha�s Marzola Zara, economista-chefe da Rosenberg & Associados, o acirramento da crise precipitou uma fase de demiss�es, iniciada ainda em outubro do ano passado.

A esse movimento se seguiu a redu��o da carga hor�ria dos remanescentes e, consequentemente, das horas pagas.

"Agora, � natural vermos uma recomposi��o da carga hor�ria, com aumento de turnos e de horas pagas. Na ponta, mais lentamente, temos o aumento de pessoal".

Em setembro, o n�mero de horas pagas aos trabalhadores subiu 1,1% em rela��o a agosto, na s�rie com ajuste sazonal, com aumento de 1,9% no terceiro trimestre.

Para Tha�s, as contrata��es v�o se acelerar na passagem de ano, recuperando o n�vel pr�-crise a partir do segundo trimestre do ano que vem.

A retomada, por enquanto, est� muito dispersa entre segmentos. De forma geral, diz Tha�s, os setores com menores quedas de produ��o tiveram as menores redu��es de pessoal ocupado.

� o caso do de papel e celulose, que, apesar do recuo de 1,9% na produ��o nos primeiros nove meses do ano, ainda assim teve expans�o de 7% no pessoal ocupado, em dados dessazonalizados.

"Setores com forte competi��o externa, como cal�ados e couros, tiveram as redu��es mais expressivas de pessoal ocupado, e s�o as que mais sofrem para recuperar".

Para Ariadne Vitoriano, economista da Tend�ncias Consultoria , a principal restri��o � recupera��o disseminada da ind�stria reside no com�rcio exterior.