SINAAE/JF Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de Juiz de Fora

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19/11/2009
Temer busca consenso entre patr�es e empregados para votar redu��o da jornada

O presidente da C�mara Federal, Michel Temer, coordenou nesta quinta-feira (19) a primeira reuni�o com a comiss�o que busca um consenso sobre a PEC 231/95, dos senadores Paulo Paim (PT-RS) e In�cio Arruda (PCdoB-CE), que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem preju�zo para os sal�rios e eleva para 75% o adicional sobre as horas extras.

Temer julga necess�rio chegar a um entendimento sobre o pol�mico tema, que divide as opini�es das classes sociais. Os trabalhadores e seus representantes defendem a medida, que pode gerar 2,5 milh�es de novos postos de trabalho, de acordo com estimativas do Dieese, estimulando o consumo, o mercado interno e o desenvolvimento nacional. Os patr�es, por sua vez, temem a redu��o dos lucros e firmaram, atrav�s das entidades de classe (CNI, Fiesp e outras), posi��o frontalmente contr�ria �s 40 horas.

Ideias e interesses de classe

As diverg�ncias de opini�o sobre o tema refletem na verdade os interesses contradit�rios e antag�nicos entre capital e trabalho. Os empres�rios chegam a negar qualquer contribui��o da redu��o da jornada para o desenvolvimento nacional e sustentam, pelo contr�rio, que a medida pode comprometer o desempenho econ�mico, elevando os custos de produ��o e reduzindo a competitividade da ind�stria brasileira no concorrido com�rcio exterior.

A experi�ncia hist�rica sugere, contudo, que a classe trabalhadora est� com a raz�o. De acordo com os argumentos levantados pelos sindicalistas, assim como por muitos economistas, a redu��o da jornada eleva o grau de produtividade do trabalho, contribuindo assim para aumentar a produ��o, em volume e valor. A redu��o do desemprego tamb�m amplia a renda do povo trabalhador e aquece o com�rcio. As redu��es do tempo de trabalho ocorridas ao longo da hist�ria, em diferentes pa�ses, sempre foram acompanhadas pelo aumento da produtividade e da produ��o e em nenhum caso prejudicaram o desempenho econ�mico.

Otimismo

Participaram diversos parlamentares e representantes de empresas privadas, entre eles o deputado Vicentinho (PT-SP), Paulo Pereira da Silva (PT/SP), Chico Alencar (PSOL/RJ), Guilherme Campos (DEM/SP), Paulo Rubem Santiago (PDT/PE), Roberto Santiago (PV/SP) e Eduardo Sciarra (DEM/PR). O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, tamb�m participou da reuni�o.

Michel Temer, avaliou positivamente o resultada da reuni�o. Afirmou que o grande avan�o foi a sinaliza��o dos participantes quanto � possibilidade de encontrar um meio-termo, que satisfa�a trabalhadores e iniciativa privada. "Saio muito otimista deste encontro, especialmente porque vislumbramos uma chance de consenso sobre o assunto", disse. Segundo ele, em dezembro haver� uma pr�xima reuni�o com resultados mais concretos.

Portal CTB, com ag�ncia C�mara