Durante a reuni�o, que contou com a presen�a dos representantes das centrais sindicais que comp�em o F�rum e do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioeconomicos (Dieese), ficou definida a cria��o de um grupo de trabalho (GT) composto por dirigentes e assessores das centrais que, em parceria com o Dieese, vai elaborar o documento unit�rio com a pauta da classe trabalhadora.

A inten��o � apresentar o documento na �ntegra para os trabalhadores e trabalhadoras no dia 1� de junho, na Confer�ncia Nacional da Classe Trabalhadora.�

Coordenando a mesa, Wagner Gomes, presidente da CTB, destacou que � priorit�ria a manuten��o da unidade entre as centrais. �Temos mais pontos em comum do que diverg�ncias. A manuten��o dessa uni�o fortalecer� o conjunto dos trabalhadores. Vamos concentrar esfor�os na realiza��o da Confer�ncia, que consolidar� essa uni�o dando origem a um documento unit�rio das centrais que coroe os interesses da classe trabalhadora�, refor�ou o presidente da CTB.�
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Para Artur Henrique, presidente da CUT, o objetivo � que o GT comece a trabalhar o mais r�pido poss�vel para a elabora��o do documento e organiza��o da atividade.

Para o secret�rio-geral da For�a Sindical, Jo�o Carlos Gon�alves, Juruna, que assim como os demais defende a entrega do documento a todos os candidatos e todas as candidatas � Presid�ncia da Rep�blica, a prioridade � manter a unidade acerca da agenda da classe trabalhadora, deixando as diverg�ncias de lado. �O que nos une s�o as quest�es dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras. Acreditamos na democracia que vai acontecer�, ressaltou Juruna.

Em sua interven��o Ubiracy Dantas (Bira), vice-presidente da CGTB, al�m de lembrar a import�ncia do posicionamento das centrais frente ao atual cen�rio de conjuntura nacional, visto o problema da desnacionaliza��o, com a entrada do capital financeiro internacional, tamb�m refor�ou o papel que a atividade desempenhar� nacional e internacionalmente. �A Confer�ncia ser� uma demonstra��o de unidade do movimento sindical para a Am�rica Latina�, declarou Bira.

Jos� Calixto Ramos, presidente da NCST, ratificou esse pensamento. �Far�o parte do documento os pontos de interesse da na��o, da classe trabalhadora�, afirmou.

Engessamento do movimento sindical

Outro ponto de pauta da reuni�o foi a Adin do DEM, popularmente chamada. Com o claro interesse de engessar o movimento sindical e dificultar a organiza��o da classe trabalhadora, continua tramitando no Supremo Tribunal Federal a A��o Direta de Inconstitucionalidade 4067, movida pelos Democratas (DEM), que questiona o repasse da contribui��o sindical �s centrais sindicais brasileiras.

A Adin, que constantemente vem sendo colocada na pauta do STF pelo Ministro Gilmar Mendes, j� recebeu cinco votos (tr�s favor�veis e dois contr�rios) cinco ministros ainda n�o votaram.

Os l�deres sindicais decidiram pela intensifica��o da mobiliza��o da campanha pela defesa do repasse, como forma de conscientizar os ministros sobre a import�ncia de sua utiliza��o como instrumento de luta do conjunto da classe trabalhadora.

Vig�lia em Bras�lia

Ponto de disc�rdia entre o movimento sindical e a bancada dos empres�rios no Congresso Nacional, a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) da Redu��o da Jornada de Trabalho de 44 para 40 horas, finalizou as discuss�es no encontro desta segunda-feira.

Semanalmente as centrais t�m realizado press�o sobre os parlamentares e se reunido com o presidente da C�mara dos Deputados, Michel Temer, em Bras�lia, com o objetivo de que a PEC 231/95, da Redu��o da Jornada, v� a Plen�rio para vota��o.

Resolu��o da reuni�o, as centrais intensificar�o as manifesta��es em Bras�lia e visitar�o os gabinetes dos parlamentares para explicitar a relev�ncia da vota��o para a classe trabalhadora e para o movimento sindical. �Precisamos informar aos parlamentes sobre os �nfimos impactos que a ado��o da medida vai gerar para os empres�rios, diante do grande numero de postos que ser�o abertos no mercado de trabalho. Alguns deputados n�o t�m conhecimentos desse estudo. Temos que fazer um trabalho para reverter esse quadro�, revelou Jo�lson Cardoso, secret�rio de Pol�tica Sindical e Rela��es Institucionais da CTB.

Em meados de fevereiro, o Dieese lan�ou uma nota divulgando, mais uma vez, os benef�cios que a ado��o da redu��o da jornada para 40 horas semanais, associada � coibi��o das horas extras, pode gerar: mais de 2,5 milh�es de postos de trabalho. Segundo o estudo do instituto o� custo do trabalho no Brasil � baix�ssimo em compara��o com outros pa�ses e o impacto da medida sobre os custos totais da ind�stria seria inferior a 2%.

Durante os meses de mar�o e abril os sindicalistas far�o vig�lia em Bras�lia intensificando a campanha da Redu��o da Jornada com a entrega do material explicativo criado pelo Dieese, que exemplifica os benef�cios citados a ado��o da medida trar� aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras.

Cinthia Ribas � Portal CTB