11/03/2010
CTB considera golpe não votar redução da jornada de trabalho
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, disse na quarta (10) que a proposta na Câmara dos Deputados de não votar emendas constitucionais neste ano de eleição é um golpe contra os trabalhadores que aguardam com expectativa a votação no plenário da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.
Diante da pressão contra a proposta de não votar as PECs, o colégio de líderes decidiu criar uma comissão para analisar 63 emendas constitucionais que estão prontas para serem analisadas em plenário. Na próxima terça (16), o colegiado decidirá os projetos prioritários que serão votados neste semestre. Líder do PCdoB na Câmara, a deputada Vanessa Grazziotin (AM) afirmou que a votação da redução da jornada é prioridade número da sigla. “Vamos brigar nas negociações para inclusão da matéria em pauta”, disse. “Não votar isso agora é um verdadeiro golpe na democracia. Isso porque os trabalhadores fizeram o caminho que teria que ser feito, ou seja, levando a discussão para o Congresso. Durou 14 anos e agora na hora de votar usam de subterfúgios para não votar. Cumprimos a regra do jogo e mudar a regra sempre tá problema”, advertiu o presidente da CTB.
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