19/03/2010
Pressionados, empresários contrários à redução da jornada atacam sindicalistas Diante da campanha cada vez mais articulada das centrais sindicais pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, sem redução de salários, alguns grupos empresariais do país decidiram intensificar os ataques contra o movimento da classe trabalhadora. Denúncia No último dia 16, enquanto a Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgava comunicado repudiando publicamente a (PEC) 231, a Força Sindical protocolou na Procuradoria Geral do Trabalho (PGT), em Brasília, uma denúncia contra a CNI pelo uso de recursos do Sistema S (Senai e Sesi) em campanhas publicitárias contra a redução da jornada de trabalho. De acordo com deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, a CNI tem usado o programa "Boletim da Indústria Brasileira", de um minuto por dia, em duas das maiores redes nacionais de rádio, para "falar contra a jornada de 40 horas por semana". Em apoio à iniciativa da Força Sindical, Wagner Gomes, presidente da CTB, destacou que os empresários usarão todos os recursos para tentar barrar a aprovação da PEC, pois a busca insana pelo lucro está acima do bem estar do trabalhador brasileiro, já que a medida, além de abrir gerar mais emprego, irá oferecer ao trabalhador e trabalhadora brasileira melhor qualidade de vida. “A pressão está grande e eles estão sentindo isso. Por isso farão de tudo para tentar impedir essa conquista para classe trabalhadora. Eles estão utilizando esses recursos em uma campanha contrária à redução da jornada, tanto explícita como velada”, afirmou o presidente da CTB. Em entrevista a diversos órgãos de imprensa, Armando Monteiro Neto, presidente da CNI, negou o “uso da máquina”. Segundo o dirigente, a CNI fica com apenas 1% dos recursos do Sistema S, a título de remuneração pelo gerenciamento desses recursos, uma atribuição que lhe é dada pela Constituição. Monteiro Neto, no entanto , não detalhou quanto do orçamento de R$ 160 milhões da CNI para este ano vem dessa remuneração. Ofensiva Em contra-ataque à mobilização das centrais os empresários da indústria alegam que, com a proximidade das eleições, o debate está "contaminado", e que os líderes sindicais buscam vantagens eleitorais ao defender a aprovação imediata da redução da jornada. Para eles, a redução da jornada não é uma luta prioritária. “Achamos que essa bandeira é muito menos uma prioridade do trabalhador do que o interesse desses líderes de obter um bônus eleitoral”, reforçou Monteiro Neto. A alegação dos representantes da CNI é de que a redução "obrigatória" da jornada é inoportuna e pode comprometer o processo de recuperação da atividade industrial e do nível do emprego no setor. O presidente da CTB rebateu a alegação ao lembrar o excelente momento pelo qual o país passa.“Vamos intensificar a campanha pela redução. Não há momento mais oportuno do que o que nos estamos vivendo, de retomada do crescimento da economia. A adoção da medida vai criar mais de dois milhões novas vagas no mercado de trabalho, ajudando no crescimento da industria”, ressaltou o presidente da CTB. Cinthia Ribas – Portal CTB
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