23/03/2010
Empresários querem ampliar representação no Congresso Ruralistas e industriais expõem seus interesses em relação às eleições de 3 de outubro próximo: eleger o máximo de representantes para ampliar o lobby empresarial no Congresso. Mais que desonerações, o capital quer ampliar seu poder no Legislativo para transformar sua agenda em regramento legal. Criticam redução da jornada, que chamam de "eleitoreira" Duas matérias de capa inteira, publicadas nesta segunda-feira (22), no jornal Valor Econômico demonstram que os empresários do campo, os ruralistas, e os da cidade, os industriais, jogarão muito peso para ampliar sua força política no Congresso Nacional. Ambas as matérias são reveladoras em relação à agenda dos empresários no Congresso. O que demonstra que o capital quer mais que desonerações e reformas que ampliem suas possibilidades de obter mais lucros com seus negócios. O lobby da CNI (Confederação Nacional da Indústria) contabiliza vitórias, como "o fim da CPMF em "Os sucessos, porém, não encobrem deficiências na representação do setor. Como reconhecem alguns líderes da indústria, as companhias de menor porte não estão devidamente representadas e a disparidade de interesses nas federações por vezes dificulta a obtenção de consensos - diferentemente do que ocorre nas associações nacionais, que defendem pautas de setores específicos, como Anfavea (veículos), Abimaq (máquinas e equipamentos) e Abinee (elétrica e eletrônica)", diz a matéria. Não faltou proselitismo contra a redução da jornada, que os empresários dizem, agora, ser "eleitoreira". "É uma proposta eleitoreira, que deve ser discutida em outro momento", afirma Côrte Real, que é presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). Para ele, a origem sindical do governo de fato dificulta o avanço da legislação na direção desejada pelos empresários. Ruralistas "É lobby, sim. Mas é lobby positivo. Vamos nos organizar financeiramente para que nossos candidatos sejam apoiados", diz a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM/TO), pré-candidata ao governo estadual. "Como não podemos doar, as empresas do agronegócio serão procuradas para contribuir com os candidatos do setor". Contraponto Assim, ao contrário de se lamentar e ver as forças do empresariado crescendo ou tentando crescer por meio da disputa eleitoral, os trabalhadores, por meio de suas entidades de classe - sindicatos, federações, confederações e centrais - devem arregaçar as mangas e botar o "bloco na rua". Os trabalhadores devem disputar o poder e os espaços institucionais e eleger o máximo de representantes para as casas legislativas - estaduais e para a federal. Nesta legislatura que caminha para seu desfecho, os empresários elegeram para a Câmara 219 representantes, e 27 para o Senado. Em contrapartida a bancada sindical reduziu seu peso numérico de 70 para 60 representantes. Daí a necessidade de considerar essas eleições de 3 de outubro como a possibilidade de ampliação de suas forças para ampliar sua agenda e possibilidades de materializá-la, nas duas Casas do Congresso. Trata-se de um desafio, que precisa ser enfrentado com arrojo, pois se sabe que a disputa é desigual, já que o poder econômico desequilibra o jogo democrático. O desafio está lançado.
15/05/2020 | Bolsas de Estudo Segundo Semestre 2020 31/10/2019 | ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÃRIA 23/09/2019 | Bolsas de Estudo 2020 14/06/2019 | GREVE GERAL!!! 00/00/0000 | GREVE GERAL 27/05/2019 | MANIFESTAÇÃO NACIONAL 02/05/2019 | HORÁRIO DE ATENDIMENTO 29/04/2019 | Extrema direita avança na Europa 29/04/2019 | Leia a íntegra da primeira entrevista de Lula desde que foi preso 00/00/0000 | Leia a íntegra da primeira entrevista de Lula desde que foi preso... |