22/03/2010
Deputado Paulo Maluf (PP/SP) entra para a lista de procurados da Interpol O deputado federal Paulo Maluf (PP/SP) foi incluído na lista de procurados da Interpol, que é uma espécie de polícia internacional. A informação foi divulgada, na última sexta-feira (19), pelo Ministério Público de São Paulo. Com isso, o ex-prefeito de São Paulo pode ser preso ao entrar em um dos 181 países que são membros da Interpol. A decisão da prisão de Maluf pela Interpol não pode, no entanto, ser cumprida no Brasil. - Nenhum brasileiro nato pode ser extraditado, segundo a legislação - disse o promotor do Ministério Público (MP) de São Paulo Silvio Marques, acrescentando que as autoridades norte-americanas não podem pedir para Maluf ficar preso no Brasil. Maluf foi incluído na lista de procurados, a chamada "difusão vermelha", a pedido da Promotoria de Nova York, nos Estados Unidos, após investigação conjunta de promotores brasileiros e americanos, iniciada no Brasil em 2001. Em O deputado federal é acusado de desviar recursos das obras da Avenida Água Espraiada e remetê-los para Nova York, e em seguida para a Suíça, Inglaterra e Ilha de Jersey, um paraíso fiscal. Depois, segundo o MP paulista, parte do dinheiro era investida na Eucatex, empresa do ex-prefeito em São Paulo. Flávio Maluf, filho do ex-prefeito, acusado pela Justiça americana pelos mesmos crimes e no mesmo processo, também aparece na lista de procurados no site da Interpol. Segundo denúncia do promotor americano Robert Morgenthau, Paulo Maluf teria enviado, de janeiro a agosto de 1998, US$ 11,68 milhões de fundos roubados para uma conta nos Estados Unidos, que teria servido de ponte para encaminhar o dinheiro para a Ilha de Jersey. - Enquanto ele não estava na lista da Interpol, ele podia ir para qualquer lugar. Agora, não - disse o promotor Silvio Marques. De acordo com o promotor Silvio Marques, Maluf não chegou a ser julgado nos Estados Unidos, pois o julgamento só pode acontecer na presença dele. No Brasil, o ex-prefeito ficou preso por 40 dias em 2005 e seus bens foram bloqueados, mas a Justiça concedeu liberdade ao hoje deputado federal. Além disso, a Prefeitura de São Paulo conseguiu o bloqueio de US$ 22 milhões na Ilha de Jersey, onde parte dos valores foi depositada. Em nota, a assessoria de imprensa de Maluf disse que as acusações são falsas. "Basta começarem as movimentações eleitorais para que velhas e falsas acusações voltem a aparecer, divulgadas por setores do Ministério Público de São Paulo", diz a nota. Já o advogado do ex-prefeito, Maurício Leite, afirmou, também em nota, que a inclusão do nome do deputado é "uma ilegalidade por parte da promotoria estadual norte-americana, verdadeira afronta à soberania do Brasil e do Congresso Brasileiro". E segue: "Seria o mesmo que um promotor de Justiça estadual de qualquer estado brasileiro - a exemplo do que fez a promotoria do Estado de Nova Iorque - enviar à Polícia internacional o nome de um parlamentar norte-americano proibindo-o de viajar sob pena de prisão". Leite informou que, em fevereiro, por meio de um advogado americano, entrou com uma ação na Justiça dos Estados Unidos para anular a inclusão na lista da Interpol.
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