21/04/2010
José Serra (PSDB) quer fim do Mercosul e ameaça desmontar legado de Lula Durante encontro com empresários em Minas Gerais, o pré-candidato tucano à Presidência da República, José Serra (PSDB), apresentou seu ideário econômico: disse que o Mercosul atrapalha e quer acabar com a participação do Brasil no bloco, que não vai continuar com o PAC e que pretende revisar todos os contratos federais durante o governo Lula. O tucano disse também que pretende "rever o papel" do BNDES na economia do país. O pré-candidato tucano à presidência da República, José Serra (PSDB) saiu do armário esta semana em Minas Gerais e, durante encontro com empresários prometeu desmontar o legado de Lula. O candidato do conservadorismo nativo afirmou o seguinte: 1) o PAC não existe - \'é uma lista de obras\' - logo, não será continuado; 2) todos os contratos federais assinados durante o governo Lula serão revistos, logo, vai paralisar o Estado e o País; 3) o Mercosul só atrapalha; logo, vai desmontar a política externa que mudou a inserção subordinada e dependente do país herdada de FHC; 4) criticou a Funasa atual, logo, vai repetir o que fez quando foi ministro da Saúde de FHC, entre Recuerdos pedagógicos: 2) iniciou então o desmonte que ameaça agora repetir; 3) primeiro, ignorou as linhas de ação e planos iniciados por seu antecessor, o médico Adib Jatene; 4) em nome de uma descentralização atabalhoada, transferiu responsabilidades da Funasa, Fundação Nacional de Saúde, o órgão executivo do ministério, para prefeituras despreparadas e sem sincronia na ação; 5) Em junho de 1999, Serra demitiu 5.792 agentes sanitários contratados pela Funasa em regime temporário, acelerando o desmonte do órgão, em sintonia com a agenda do Estado mínimo; 6) um mês depois, em 1º de julho de 1999, o procurador da República Rogério Nascimento pediu à Justiça o adiamento da dispensa dos 5.792 mata-mosquitos até que as prefeituras pudessem treinar pessoal; pedido ignorado por Serra. 7) Em 5 de agosto de 1999, num despacho do processo dos mata-mosquitos, a juíza federal Lana Maria Fontes Regueira escreveu: "Estamos diante de uma situação de consequências catastróficas, haja vista a iminente ocorrência de dengue hemorrágica". 8) O epidemiologista Roberto Medronho, diretor do Núcleo de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, completaria: "A descentralização da saúde não foi feita de forma bem planejada. O afastamento dos mata-mosquitos no Rio foi uma atitude irresponsável". 9) em abril de 10) O ano de 2001 foi o primeiro em que os mata-mosquitos da Funasa, dispensados por Serra não atuaram . A dengue, então, voltou de forma fulminante no Rio: 68.438 pessoas infectadas, mais que o dobro das 32.382 de 1998, quando Serra assumiu o ministério. 11) Em 2002, já candidato contra Lula, Serra era ovacionado em vários pontos do país aos gritos de \'Presidengue!\'. Justa homenagem a sua devastadora atuação da saúde pública. Fonte: Agência Carta Maior
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