14/05/2010
Treze de Maio se torna dia de mobiliza��o nacional da consci�ncia negra ![]() O dia 13 de maio, famoso por ser a data da aboli��o dos escravos no Brasil, �, para os movimentos negros do Pa�s, mais um dia de mobiliza��o e lutas por direitos e pol�ticas p�blicas. Evento em S�o Paulo, na Pra�a do Patriarca,�foi um "ato para discutir a discrimina��o racial como um todo" O dia 13 de maio, famoso por ser a data da aboli��o dos escravos no Brasil, �, para os movimentos negros do pa�s, mais um dia de mobiliza��o e lutas por direitos e pol�ticas p�blicas. E � justamente isso fizeram organiza��es de movimentos negros e de Direitos Humanos nesta quinta-feira (13), em S�o Paulo (SP), no Brasil. De acordo com Douglas Belchior, membro da coordena��o geral da Uni�o de N�cleos de Educa��o Popular para Negros e Classe Trabalhadora (Uneafro Brasil), o evento realizado na Pra�a do Patriarca, no centro da capital paulista, foi um "ato para discutir a discrimina��o racial como um todo". Com o tema Mais um Maio sem Aboli��o, Crimes de Maio sem Apura��o, o evento contou com apresenta��es de cultura afro e mobiliza��es contra o racismo, a viol�ncia e por pol�ticas p�blicas para o povo negro. Al�m disso, houve uma aula p�blica com a presen�a de: Marcus Orione, juiz federal e professor da Faculdade de Direito do Largo S�o Francisco; Regina Lucia, do Movimento Negro Unificado (MNU); Bas�ilele Malomalo, da Cladin-Unesp; e Edy Rock, rapper do grupo Racionais. Segundo Belchior, esse � mais um dia de luta para o povo. No entanto, n�o foi assim sempre. - Durante muitos anos era comemorado como uma data folcl�rica - afirma, ressaltando que alguns movimentos mais radicais preferiam n�o se manifestar nesse dia, pois consideravam somente o 20 de novembro (Dia da Consci�ncia Negra) como data para reivindicar. Situa��o que mudou nos �ltimos anos. Esta quinta-feira, dia 13 de maio n�o � mais uma data qualquer para o movimento negro brasileiro. - Agora, o Movimento Negro resignificou o 13 de maio como um dia de luta do povo negro - destaca. N�o � a toa que h� tantas lutas e reivindica��es dessa popula��o. Ainda hoje, os negros no Brasil ainda s�o alvos de discrimina��o por conta da cor da pele, viol�ncia e ataques at� mesmo de agentes p�blicos. - O pr�prio Estado tem em curso um projeto de genoc�dio contra a popula��o negra - desabafa Belchior. A revolta do coordenador da Uneafro � um eco das m�es de jovens negros assassinados no pa�s. Nesta ter�a-feira, representantes do movimento negro protocolaram na Casa Civil de S�o Paulo uma carta pedindo ao governador do estado, Alberto Goldman (PSDB), uma declara��o p�blica sobre a viol�ncia exercida por policiais militares contra os negros ocorridas nos �ltimos dias, que resultou na morte de dois jovens. "Eduardo Lu�s Pinheiro dos Santos, 30 anos, e Alexandre Santos, 25 anos, tinham muitas coisas em comum. Al�m do sobrenome e de serem ambos trabalhadores motoboys, eram negros! Talvez por isso a infeliz coincid�ncia tamb�m em suas violentas mortes", declararam os movimentos na carta ao governador. Al�m de Uneafro-Brasil, assinaram o documento: Movimento Negro Unificado (MNU), C�rculo Palmarino, Tribunal Popular, N�cleo de Consci�ncia Negra da USP, M�es de Maio, Sujeito Coletivo USP, Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto (MTST), F�rum Estadual de Defesa dos Direitos da Crian�a e do Adolescente de S�o Paulo.![]()
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