O Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) acredita que o Brasil poder� eliminar, nos pr�ximos dez anos, os problemas de pobreza absoluta e extrema. As conclus�es constam do Comunicado do Ipea 58 divulgado, nesta ter�a-feira (13), pela institui��o.

"Para isso, a combina��o do crescimento econ�mico com avan�os sociais observada no per�odo recente precisa ser aprofundada, com o necess�rio aperfei�oamento de pol�ticas p�blicas de alcance nacional, sobretudo daquelas voltadas ao atendimento das regi�es e Estados menos desenvolvidos", diz o texto divulgado pela institui��o.

O estudo mostra - com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad), Contas Nacionais e Contas Regionais, todas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) - que, entre 1995 e 2008, 12,8 milh�es de pessoas sa�ram da pobreza absoluta, configurada pelo rendimento m�dio domiciliar per capita de at� meio sal�rio m�nimo mensal.

No mesmo per�odo, outras 12,1 milh�es deixaram a pobreza extrema, que engloba as pessoas que vivem com rendimento m�dio domiciliar per capita de at� um quarto de sal�rio m�nimo por m�s.

Em termos percentuais, a taxa de pobreza absoluta passou de 43,4% para 28,8% da popula��o, enquanto a pobreza extrema caiu de 20,9% para 10,5%.

Mas o Ipea ressalta que o crescimento econ�mico n�o se mostra suficiente para elevar o padr�o de vida de todos os brasileiros. Isso porque a redu��o da pobreza nos �ltimos anos, apesar de expressiva, foi desigual entre as diferentes regi�es do pa�s.

No Sul, por exemplo, a pobreza absoluta caiu 47,1%, enquanto a pobreza extrema recuou 59,6%. J� no Norte, a pobreza absoluta retrocedeu 14,9% e a pobreza extrema caiu 22,8%.