18/08/2010
Mais de mil trabalhadoras se reuniram com Dilma em SP
A candidata Dilma Rousseff recebeu nesta terça-feira (17) o apoio de organizações femininas, mulheres trabalhadoras e ativistas dos movimentos sociais. Reunidas pelo comitê suprapartidário da campanha, mais de mil mulheres ligadas às centrais sindicais do país (CTB, CGTB, CUT, Força Sindical, NCST e UGT) participaram do evento.
Um documento com a plataforma das mulheres para o Brasil foi entregue à candidata. A base das propostas saiu da Agenda da Classe trabalhadora – aprovada durante a 2ª Conferência nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), realizada em junho deste ano. Seis mulheres formaram a mesa do encontro que recepcionou a presidenciável: Celina Arêas, secretária (interina) da Mulher Trabalhadora da CTB, Eleusa de Cássia, secretária de Relações Internacionais da UGT, Sonia Maria, secretária das Mulheres e Juventude da NCST, Rosane da Silva, secretária da Mulher da CUT, Maria Pimental, secretaria de relações Internacionais da CGTB e Maria Auxiliadora, secretária da Mulher da FS. Todas as falas seguiram o mesmo caminho, reforçando a importância do apoio a candidatura de uma mulher forte e combativa, que dedicará uma atenção especial aos problemas enfrentados pela trabalhadora brasileira, como o combate a violência contra as mulheres, a discriminação e as desigualdades no mercado de trabalho. A secretária nacional da mulher trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosane Silva, resumiu o sentimento das mulheres. “Para nós não basta ser mulher, tem que ter compromisso democrático e com a luta do presidente Lula”, disse.
Para a representante da CTB, Celina Áreas, a eleição de 2010 vai mudar a cultura do voto feminino. “Dizem que mulher não vota em outra. Vamos provar o contrário. Nessas eleições o voto feminino elegerá a primeira presidenta do Brasil. Queremos uma mulher forte capaz de avança na construção de um projeto nacional com valorização do trabalho e distribuição de renda, em benefícios da classe trabalhadora, e principalmente das mulheres que enfrentam um cenário de desvantagem ainda existente em nosso país, com as mulheres com salários em média 30% menores do que dos homens”. Para Celina, outra medida necessária é o avanço na criação de políticas voltadas para mulheres trabalhadoras e medidas que facilitem a sua permanência no mercado de trabalho, como a criação de vagas em creches públicas. Em seu discurso, Dilma lembrou as medidas do governo Lula, que iniciaram um novo marco na vida de milhões de trabalhadores e trabalhadoras, como a política de valorização do salário mínimo. Segundo ela, essa política foi responsável, junto aos programas sociais, pelo aumento do mercado de consumo no país. “O governo Lula, em seus oito anos de gestão, teve um compromisso com os trabalhadores. Passamos anos, escutando que para manter a inflação sobre controle, não podíamos aumentar o salário mínimo. Era mentira. No governo Lula isso foi provado, pois aumentamos o salário mínimo e mantivemos a inflação. Aumentamos o poder de compra do consumidor brasileiro. Fato que gerou o aquecimento da economia”, lembrou Dilma, que se comprometeu a manter a política de reajuste do salário mínimo adotada durante o governo Lula. Durante sua fala, a candidata destacou o recorde histórico na geração de emprego. “Se tem uma coisa que podemos nos orgulhar é que esse governo fez a maior política de empregos nesse país ao criar 14 milhões de empregos, com carteira assinada, férias e 13º”, afirmou. Combate à violência Segundo ela, as políticas públicas para as mulheres iniciadas no governo Lula serão aprofundadas e haverá uma luta constante para coibir a violência contra as mulheres. Ela disse que, nesse sentido, a Lei Maria da Penha é um marco no combate às agressões às mulheres. Mas ressaltou que é preciso uma união feminina para que os agressores não fiquem impunes. “[A Lei Maria da Penha] é importante para homens e mulheres, porque a violência afeta a família, os filhos e também não dignifica o homem que foi gerado por uma mulher”, disse. “É preciso da parceira de vocês. Nós temos que cuidar diariamente para que não se deixe a pessoa que comete a violência impune e para que a gente coíba e combata a impunidade dos crimes contra mulher.” Políticas para as mulheres Dilma afirmou que todos os problemas que envolvem a sociedade, afetam diretamente a mulher brasileira que desempenha papel de mãe, esposa, profissional e cuidadora. “No centro de tudo sempre estará uma mulher, uma mãe e seus filhos. Por isso, todas políticas nos interessam. Por isso o bolsa família entregue nas mãos das mulheres. No programa Minha Casa, Minha Vida, é dada a preferência para que o imóvel fico em nome da mulher”. Outro destaque feito pela presidenciável foi em relação às creches públicas. Dilma lembrou a importância das creches espalhadas pelo país porque atendem justamente as mulheres que mais precisam. A candidata disse que, ao permitir a maior participação das mulheres no mercado de trabalho, as creches eliminam uma das maiores fontes de desigualdade no país. “As creches têm sempre que ter dois significados: dar segurança para a gente trabalhar. A mulher tem que ter certeza que seu filho está bem cuidado e atendido. E tem outro motivo. É na infância que está a raiz maior da desigualdade. Uma criança que nasce com condições para ser estimulada porque tem acesso a estímulos culturais e educacionais chega na escola em melhores condições que as que não tem acesso a isso”, afirmou Dilma, que também garantiu a abertura de 6 mil vagas em creches públicas. “O país está preparado para ser governado por uma mulher, porque ele é feito de mulheres que ajudam a construir esse país. É por causa delas que eu posso ser presidente da republica, porque ninguém constrói nada sozinha. Eu tenho a consciência que não posso errar, pois assim as mulheres terão mais oportunidades de comandar o país”, finalizou Dilma. Ao final, as sindicalistas das seis centrais sindicais passaram às mãos da candidata o documento com as reivindicações e propostas das trabalhadoras que inclui, os temas sobre as creches, igualdade salarial e valorização do salário mínimo, a redução da jornada semanal para 40 horas e a descriminalização do aborto. O documento foi baseado na Agenda da Classe Trabalhadora - aprovado na 2ª Conclat. Fonte: Da redação com agências
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