15/11/2010
Economistas nunca estiveram tão satisfeitos com nível de emprego e renda
A avaliação dos economistas quanto ao nível de emprego e a renda dos brasileiros está no patamar mais elevado já registrado na série histórica do Índice do Sentimento dos Especialistas em Economia (ISE), aferido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) desde junho de 2008.
O otimismo quanto ao nível de emprego cresceu 8,52% na comparação entre outubro e setembro, atingindo 155,4 pontos em uma escala que varia de De acordo com o assessor econômico da Fecomercio, Guilherme Dietze, o otimismo é reflexo das constantes elevações no nível de emprego e do incremento no salário real médio, que também encontra-se no maior patamar para o mês de outubro desde 2002. "Outro fator que influenciou na boa avaliação dos economistas foi o acesso ao crédito que registrou a menor taxa de juros para Pessoa Física desde 1994, 39,4% ao ano", comenta Dietze. O bom desempenho destes indicadores foi determinante para a avaliação positiva quanto ao Nível de Atividade Interna - PIB, que obteve 167,5. Apesar do bom resultado no mercado nacional, o ISE permaneceu praticamente estável em relação a setembro, registrando uma ligeira melhora de 0,5% e fechando o mês em 108,3 pontos. Dietze destaca que os principais motivos para a evolução do ISE não ter sido mais expressiva foram a percepção dos economistas quanto aos juros praticados no Brasil e à relação cambial entre o Real e o Dólar. A avaliação da Taxa de Juros caiu 21% em relação ao mês anterior; já a queda na avaliação da Taxa Câmbio foi ainda maior, 41%. "A Selic continua sendo a maior taxa de juros reais do mundo, o que está atraindo dólares e sobrevalorizando a moeda nacional", justifica o economista. Com este resultado, a Taxa de Juros e a Taxa Câmbio atingiram, respectivamente, 56,7 e 58,5 pontos, demonstrando forte insatisfação e a crença dos especialistas de que ambas estão inadequadas diante da atual conjuntura econômica. Os Gastos Públicos continuam sendo o item que mais preocupa os economistas e, em outubro, mais uma vez, restringiu a elevação do ISE ao registrar 41,5 pontos. Apesar de os especialistas em economia já estarem bastante insatisfeitos com o nível de gastos públicos, a tendência é que a avaliação deste item continue no patamar de pessimismo já que os especialistas acreditam que o governo continuará aumentando seus gastos, principalmente com o custeio da máquina pública. No entanto, a perspectiva para o ISE, de modo geral, é de que as avaliações positivas alavanquem o indicador até o fim do ano, possivelmente ultrapassando a máxima histórica de 111,8 pontos. "O crescimento sistemático da renda, do nível de emprego e das facilidades de acesso ao crédito devem continuar sendo os principais propulsores do indicador", conclui Dietze. Sobre a Fecomercio
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