Se Dilma mantiver os 37 minist�rios da gest�o Luiz In�cio Lula da Silva, para cumprir a meta ser� preciso nomear pelo menos 12 mulheres como ministras de Estado. A lei eleitoral estabelece normas para que partidos indiquem 30% de suas candidaturas �s mulheres, mas n�o h� regras espec�ficas para ocupa��o de cargos.

A coordena��o da transi��o da presidente eleita n�o confirma, mas a composi��o da equipe de trabalho pode ser o primeiro ind�cio de que muitas mulheres integrar�o o governo Dilma. Quando o presidente Lula foi eleito, em 2002, a equipe de transi��o era predominantemente masculina. O contingente feminino n�o ultrapassava o percentual de 35%.

Vale destacar tamb�m que muitos nomes que estiveram na transi��o do governo Fernando Henrique Cardoso para o de Lula tornaram-se ministros como, por exemplo, Ant�nio Palocci, que ficou com o Minist�rio da Fazenda, e Dilma Rousseff, que assumiu o Minist�rio de Minas e Energia e, posteriormente, a Casa Civil. Jos� S�rgio Gabrielli, que tamb�m participou da transi��o, alguns anos mais tarde tornou-se o presidente da Petrobras.

A advogada e s�cia do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), I�ris Cort�s, afirma esperar que haja um razo�vel n�mero de mulheres na equipe de Dilma Rousseff. "Gostei muito do in�cio do primeiro discurso de Dilma como presidente eleita, no qual ela afirmou que o compromisso dela � honrar as mulheres brasileiras. Dilma tamb�m disse que �zelaria\' pela Constitui��o. Para que ela possa cumprir isso, de fato, ser� preciso colocar metade dos minist�rios sob o comando das mulheres. S� assim ela estar� zelando pela Constitui��o", argumenta.

A equipe de transi��o de Dilma fica reunida no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde Lula despachou durante a reforma do Pal�cio do Planalto. A estimativa de gastos com a infraestrutura e apoio administrativo � de R$ 2,8 milh�es. Somente a folha de pagamentos das 25 nomea��es feitas at� agora chega a R$ 164,7 mil por m�s.

Os sal�rios variam de R$ 2,1 mil a R$ 11,4 mil. Os trabalhos seguem at� o final de dezembro e ficam sob a coordena��o do ex-ministro Ant�nio Palocci, do presidente do PT, Jos� Eduardo Dutra, e do deputado federal Jos� Eduardo Cardozo (PT-SP), al�m do vice-presidente eleito Michel Temer (PMDB).

Sal�rios
Os maiores sal�rios definidos at� agora foram de Clara Ant, que atuou como assessora especial da Presid�ncia e trabalhou na campanha de Dilma, e de Helena Chagas, chefe da equipe de comunica��o da campanha e ex-diretora da Empresa Brasil de Comunica��o (EBC). Ambas devem receber quase R$ 11,2 mil.

Em seguida, constam na lista com rendimentos de quase R$ 9 mil, Anderson Braga Dorneles, ex-assessor especial da Casa Civil, Sinval Alan Ferreira Silva, ex-chefe de gabinete do ministro de Rela��es Institucionais, Alexandre Padilha, e Ros�ria de F�tima do Carmo. Os sal�rios mais baixos s�o de Hildivan Freitas Ribeiro, Tha�s Beserra de Andrade, Vanessa Rossana Vieira Maia e Gabriela Fatel de Carvalho. Cada um deles recebe R$ 2,1 mil.

Na �ltima segunda-feira, o Di�rio Oficial da Uni�o publicou sete nomes para integrar a equipe de transi��o. Na quarta, foram outros 13. A �ltima lista saiu na quinta-feira, com cinco nomea��es. Ontem, no entanto, foi publicada a exonera��o da advogada Christiane Ara�jo de Oliveira, que responde a processo a Justi�a por suposto envolvimento com a m�fia dos sanguessugas. Em substitui��o, assumiu a assessora de imprensa da campanha do PT, Pamela Nunes.

A institui��o da equipe de transi��o governamental, bem como a quantidade dos Cargos Especiais de Transi��o Governamental (CETG) e valores, foi determinada no final do governo Fernando Henrique Cardoso pela Lei 10.609.