A empresa Tokyo Electric Power (Tepco), que administra a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, confirmou nesta terça-feira (17) que até janeiro todos os reatores estarão consertados e estabilizados.
O plano inclui também a construção de cerca de 25 mil casas temporárias na região de Fukushima até agosto. Por enquanto está em vigor a ordem do governo do Japão que instituiu uma zona de exclusão de 20 quilômetros ao redor da usina.
Desde o terremoto seguido por tsunami, em 11 de março, houve vazamentos e explosões radioativas em decorrência das falhas ocorridas nos reatores. Os abalos sísmicos afetaram a refrigeração de três reatores e um depósito de combustível da unidade quatro da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi. Os acidentes nucleares levaram ao deslocamento de cerca de 80 mil pessoas que moravam na região e afetaram a pesca e a agricultura locais.
A alteração do plano foi motivada porque o combustível do reator 1 se fundiu e perfurou a câmara de pressão, levando o líquido a passar para o compartimento de contenção primário e aí, possivelmente, para o edifício onde se encontra o controle da usina.
A Tepco reviu o calendário apresentado em 17 de abril, mas manteve as previsões mais relevantes. A previsão inicial era que o trabalho durasse até nove meses. Houve redução de um mês. O trabalho consiste basicamente em esfriar os reatores e consertar os estragos registrados neles.
O plano revisto inclui datas concretas, apesar de manter o calendário divulgado a 17 de abril. De acordo com o plano, os reatores devem ser recuperados no prazo de três meses a partir de refrigeração. Uma das propostas é encher com água o compartimento de contenção do reator 1, o mais afetado.
Fonte: Agência Brasil