A coluna Conversa com a Presidenta desta terça-feira (17), publicada em mais de 190 jornais que circulam nas cinco regiões do Brasil, aborda o crescente protagonismo das mulheres na sociedade e no governo. A descentralização do atendimento médico de urgência no país e as políticas públicas para a comunidade quilombola Kalunga, no norte de Goiás, também são temas tratados pela presidente Dilma Rousseff em resposta aos questionamentos de cidadãos e cidadãs.
Morador de Fortaleza (CE), o auxiliar administrativo Paulo Jáder G. de Sousa, enviou pergunta sobre a avaliação que Dilma faz da “força da mulher em seu governo”. Segundo a presidente, é “orgulho” da gestão “ter no primeiro escalão do governo federal a maior representação feminina de toda a história do nosso país. De cada quatro ministérios, um é comandado por uma mulher. Ainda não é o ideal, mas já significa um grande avanço”.
“Minha eleição traduziu o crescimento da força da mulher e o reconhecimento, por parte da sociedade, de que nós temos competência, capacidade de trabalho e discernimento para dirigir os destinos do nosso país. É consequência da luta das mulheres pela igualdade das condições de vida e de trabalho e da sua decisão de sair de casa para atuar em vários setores e ocupar cada vez mais espaço nas empresas, nas atividades sociais e culturais, entre outras”, declarou Dilma.
Já o médico Lourenço Medeiros Neto, de Cuiabá (MT), quis saber o que a presidente “vai fazer para instalar 500 Unidades de Pronto Atendimento em todo o país”. Para Dilma, essa meta faz parte da estratégia do governo de investir fortemente na melhoria do atendimento em saúde, oferecendo assistência de emergência 24 horas, em todos os dias da semana, ajudando a desafogar os prontos-socorros dos hospitais e melhorando o acesso das pessoas que necessitam de atendimento.
“Já estamos cumprindo esse compromisso, uma vez que as UPAs estão sendo instaladas. Entre 2009 e 2010, o governo federal liberou recursos para a implantação de 462 unidades, das quais 109 já estão em pleno funcionamento”, diz a presidente. “Todos os estados poderão oferecer à população uma rede de atendimento de urgência e emergência qualificada e com fácil acesso. Grande parte dos problemas de saúde, como crises de pressão alta, quadros febris, fraturas simples, entre outros, pode ser resolvida nessas unidades. Os médicos analisam se é necessário encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação.”
A cidadã de Cavalcante (GO) Deuzília Pereira da Cruz, estudante de Direito, enviou pergunta sobre “a principal ação em relação aos quilombolas” do município do norte goiano, incluindo o programa Luz para Todos. Em Cavalcante, vivem os Kalungas, que ocupam terras também nos municípios de Monte Alegre e Teresina de Goiás. Segundo Dilma, o governo está resgatando “uma dívida histórica com os descendentes daqueles que, correndo todos os riscos, ousaram escapar dos horrores da escravidão”.
“Já foram construídas moradias para 800 pessoas, além de obras sanitárias, e neste ano vamos iniciar a construção de cinco escolas em Cavalcante. Em breve, pretendemos conceder título coletivo de propriedade para a associação que representa a comunidade”, explica a presidente.
“Esse processo foi iniciado em 2009, quando o presidente Lula decretou o território Kalunga de interesse social para fins de desapropriação. Quanto ao Luz para Todos, o programa já beneficiou quase 2 mil quilombolas Kalungas. Faltam outros 2,6 mil, que vamos atender. Em todo o país, já foram beneficiados 113 mil quilombolas com a chegada da energia elétrica”, finaliza a presidente.
Da Redação, com informações do Blog do Planalto