O Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu pelo terceiro trimestre consecutivo, alcançando 5,9 pontos em abril. A pontuação é a menor desde julho de 2009, quando o ICE foi 5,5 pontos. Em janeiro, o índice havia sido de 6,7 pontos, conforme os dados divulgados hoje (18) pela instituição.
O ICE é formado por dois subíndices: o Índice da Situação Atual, que tem como base a opinião de especialistas sobre a situação atual da economia brasileira, e o Índice de Expectativas, baseado na avaliação dos especialistas sobre os próximos seis meses.
O índice é medido em vários países do mundo, em parceria com o instituto alemão Ifo. Em comparação com outros dez países latino-americanos, o Brasil ficou em sétimo lugar, atrás do Chile (com ICE de 7,4 pontos), Uruguai (7,0), Paraguai (7,0), Peru (6,5), da Colômbia (6,5) e Argentina (6,4), e à frente apenas do México (5,6), Equador (5,2), da Bolívia (3,9) e Venezuela (2,2).
Entre o Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil ficou atrás da Índia (6,9) e África do Sul (6,2) e à frente da Rússia (5,8) e China (5,1).
O Índice da Situação Atual também caiu pelo terceiro trimestre consecutivo, chegando a 7,2 pontos, depois de registrar 7,7 pontos em janeiro deste ano. Já o Índice de Expectativas voltou a cair depois de dois trimestres estáveis, passando de 5,7 pontos em janeiro para 4,6 em abril. O resultado é o pior desde janeiro de 2009 (3,1 pontos).
De acordo com a metodologia adotada, o Brasil entrou numa fase de "declínio" da economia, que é quando o Índice de Expectativas fica abaixo de 5 pontos e o Índice de Situação Atual permanece acima dos 5 pontos.
As outras fases são: expansão (quando os dois subíndices estão acima de 5 pontos), recuperação (quando apenas o Índice de Expectativas está acima) e recessão (quando os dois estão abaixo). (Fonte: Agência Brasil)