A economia brasileira cresceu 4,2% no primeiro trimestre de 2011 na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (3). Em relação ao último trimestre de 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,3%.
O maior destaque, de acordo com o IBGE, foi a agropecuária, que registrou aumento de 3,3% no valor adicionado. Em seguida, aparecem a indústria, com expansão de 2,2%, e os serviços, com elevação de 1,1%.
O PIB é a soma das riquezas produzidas por um país durante um determinado período de tempo. Sua variação anual reflete o quanto a economia produziu a mais, ou a menos, que no ano anterior.
De janeiro a março deste ano, a riqueza gerada foi de R$ 939,6 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses (encerrados em março), a economia do país teve alta de 6,2% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores.
O IBGE também revisou para cima o crescimento do PIB brasileiro no quarto trimestre de 2010. Com isso, a alta passou de 0,7% para 0,8%, na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, com ajuste sazonal.
PIB de 2011
Na semana passada, o governo federal estimou que a economia deve crescer 4,5% neste ano e 5% em 2012. Na publicação "Perspectivas da Economia Brasileira", dirigida a investidores internacionais, o Ministério da Fazenda confirmou a redução de projeções para o PIB real deste ano, de 5% para 4,5%, e para 2012, de 5,5% para 5%.
As reduções tinham sidos anunciadas há duas semanas, quando o Ministério do Planejamento encaminhou o relatório de avaliação bimestral (março/abril) de receitas e despesas orçamentárias, ao Congresso. Na média, a Fazenda aponta num crescimento de 5,1% reais.
A edição publicada pela Fazenda, relativa a janeiro e fevereiro deste ano, menciona que, a despeito da alta de 7,5% do PIB em 2010, o governo tomou medidas macroprudenciais e de política monetária "para assegurar o ritmo sustentável de crescimento, evitando a criação de desequilíbrios internos e externos."
"Os primeiros dados de 2011 sobre a atividade econômica ainda não mostram, de maneira clara, o ritmo dessa desaceleração esperada, por causa das defasagens envolvidas nas medidas adotadas e também em virtude das mudanças estruturais em andamento na economia brasileira", diz o texto.
"Mesmo com a expansão da atividade econômica mais moderada em 2011, a média do crescimento para os próximos anos deverá ser superior àquelas verificadas recentemente, por conta da elevação da capacidade produtiva brasileira, resultante do aumento da taxa de investimentos e por confiança, principalmente, na força de nosso mercado doméstico", destaca o documento.
Da Redação, com agências