A votação do projeto de Reforma Política na comissão especial da Câmara dos Deputados foi adiada para novembro. A matéria estava na pauta para ser votada nesta quarta-feira (5), mas os parlamentares atenderam a um pedido do relator, deputado federal Henrique Fontana (PT-RS). O prazo para apresentação de emendas termina no dia 20 de outubro.
"Meus cálculos indicam que, provavelmente, se fosse para a votação hoje, correríamos o risco de arquivar o projeto. A prudência me indica que eu devo apostar no caminho da negociação", argumentou Fontana.
Há cerca de dois meses, Fontana vem dialogando com diversos líderes dos mais variados partidos em busca de consenso para viabilizar mudanças no sistema político brasileiro. Até mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou no jogo e participou de alguns encontros, cumprindo o prometido meses antes de deixar a Presidência da Repúblicas, de que esta seria uma de suas frentes de atuação.
Antes do adiamento, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) havia manifestado a intenção de votar o projeto em plenário já em novembro. Com a prorrogação na Comissão, fica inviável o agendamento de uma nova data.
Movimentos sociais pela reforma
Nesta quarta-feira (5), partidos, centrais sindicais e entidades dos movimentos sociais fizeram ato na Câmara dos Deputados em apoio à aprovação do relatório do deputado Henrique Fontana.
"Esse relatório, que poderá ser aperfeiçoado na Câmara e no Senado, nos dará uma política muito mais democrática do que aquela que temos hoje. Outras reformas virão, outros avanços virão, mas o pedido de apoio que faço é para que consigamos maioria em nossos partidos para votar o relatório amanhã", disse Fontana, no final do ato.
Comissão terá novo presidente
Logo após o anúncio do adiamento, o presidente da Comissão Especial da Reforma Política, deputado Almeida Lima (PMDB-SE), anunciou que irá deixar a presidência pelo fato de estar trocando o PMDB pelo PPS.
A função de presidente na Comissão foi uma indicação do PMDB, portanto ao deixar o partido, ele entregará de volta a função ao partido. (Com Rede Brasil Atual e Agência Câmara)
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