O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (7), baixar 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) de juros, mesmo patamar das últimas quatro reuniões.
A taxa baixou de 10,5% para 9,75% ao ano, em linha com a expectativa da maioria dos analistas financeiros, como mostrou a pesquisa Focus, divulgada na última segunda-feira (5) pelo BC.
Na quarta-feira, em São Paulo e Brasília, trabalhadores e estudantes fizeram manifestação contra os juros altos do país e o baixo crescimento econômico. Em notas, quatro das centrais reconhecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, questionaram a decisão do Copom.
Insuficiente
A UGT entende que a diminuição da taxa Selic foi insuficiente. "(...) mais uma vez o Copom decepcionou, reduzindo a taxa Selic em apenas 0,75 ponto percentual, insuficiente para desestimular a entrada de capital estrangeiro especulativo no Brasil." Leia mais
Campeão mundial de juros
"Brasil ainda é campeão mundial dos juros altos", disse a nota da CTB. E segue: "A medida reflete uma mudança positiva na política monetária, iniciada no final do ano passado, mas peca por timidez e está ainda longe de contemplar as reivindicações do movimento sindical e setores produtivos do empresariado.
Reduzir spread bancários
Após queda do juro, CUT cobra redução do spread bancário, que no entendimento do presidente da central, Artur Henrique da Silva o "governo precisa atentar agora para os spreads cobrados pelas instituições financeiras, que encarecem o crédito e penalizam o setor produtivo."
Tímida e insuficiente
"A queda da taxa Selic é tímida e insuficiente para aquecer o consumo, gerar empregos e melhorar o PIB. Um pouco mais de ousadia traria enormes benefícios para o setor produtivo, que gera emprego e renda e anseia há tempos por um crescimento expressivo da economia. É um absurdo esta mesmice conformista dos tecnocratas do Banco Central", abre a nota da Força Sindical.